Todo
 instrumento tem a sua extensão, ou seja, a distância entre a nota mais 
grave e a mais aguda que consegue atingir. A voz humana, por exemplo, 
tem várias subdivisões, que são classificadas, de acordo com as 
características físicas de cada cantor. Um baixo, cantor de voz grave, 
não pode cantar as mesmas notas que um soprano, voz aguda feminina. No 
naipe de cordas de uma orquestra, a extensão de um violino é toda em 
notas agudas. A viola de orquestra tem sua extensão em notas médias, o 
violoncelo em notas médias e graves e, por fim, o contrabaixo, com sua 
extensão toda em notas graves. Já a voz humana ou outros instrumentos 
tem uma região melhor para ser trabalhada, mais confortável e menos 
difícil.  A essa região damos o nome de tessitura, em que o cantor ou 
instrumentista irá trabalhar com maior freqüência, sem atingir o seu 
limite máximo. 
          Tanto o violão, quanto a guitarra com a sua afinação mais comum, vão 
desde o Mi da 6ª corda solta até o Si da 1ª corda na 19ª casa, numa 
extensão total de três oitavas e uma quinta. Acontece que após a 12ª 
casa, é bem mais difícil de posicionar a mão esquerda do violonista, 
devido a caixa de ressonância do violão tradicional começar no 12º 
traste. Não que seja impossível de tocar, muito pelo contrário, basta um
 pouco mais de técnica e treinamento. Seguindo a lógica aplicada a 
outros instrumentos, se chega ao que chamamos de tessitura do violão, ou
 seja, a sua extensão não forçada: do mesmo Mi da 6ª corda solta até o 
Mi da 1ª corda na 12ª casa, perfazendo assim três oitavas.



